Por Gabriel Duque
Na comemoração do seu Dia Internacional, as mulheres continuam a tentar quebrar e a conseguir derrubar paradigmas. No mundo machista dos carros e das corridas, elas ainda buscam mostrar o seu talento e o alvo da vez é a Fórmula 1. Se na Indy as moças já fizeram sucesso, principalmente, com Danica Patrick vencendo uma etapa, agora a categoria mais importante do automobilismo está na mira.
A espanhola Maria de Villota, de 32 anos, foi anunciada pela nanica Marussia como a terceira piloto. Assim, ela fica na reserva de Timo Glock e Charles Pic e poderá andar com o carro da escuderia em treinos livres às sextas-feiras. A equipe não poderia ter escolhido melhor data para tal anúncio do que a véspera do Dia da Mulher.
Com pouco prestígio dentro da pista, o time pode ganhar olhares especiais pela expectativa de uma mulher voltar a disputar uma prova oficial. Em 1992, pela extinta Brabham, a italiana Giovanna Amati foi a última, mas não conseguiu sequer se classificar para os três Grande Prêmios iniciais.
No total, cinco mulheres já alinharam seus carros no grid da F-1. Além de Amati, Maria Teresa de Filipis abriu o caminho em 1958 pela Maserati. Seu melhor resultado foi um 10º lugar no GP da Bélgica. Já, entre 1974 e 1976, pelas equipes March, Williams e RAM, a italiana Lella Lombardi participou de 17 corridas. No GP da Espanha de 1975, ela teve seu melhor desempenho com a 6ª posição e pontuando.
De 1976 a 1978, a inglesa Divina Galica tentou classificação para três etapas pelas equipes Surtees e Hesketh, porém não teve sucesso e ficou de fora. Em 1980, a sul-africana Desiré Wilson com a escuderia Williams também ficou no quase ao não alinhar para o GP da Inglaterra. E, depois de Amati em 1992, já são 20 anos sem mulheres na F-1. De 2000 para cá, a americana Sarah Fisher, que competiu na Indy durante anos, chegou a testar pela McLaren e a inglesa Katherine Legge fez um ensaio pela Minardi.
Agora será que Villota irá quebrar o jejum e terá uma chance para correr?
Deixe um comentário