Arquivo | Nostalgia RSS feed for this section

Em busca de direção

21 jul

Um fato inusitado chamou minha atenção no metrô. Um rapaz entrou carregando um antigo guia de ruas, à procura de um endereço.

Fato comum na década passada, a busca por uma rua no guia foi sendo esquecida e caindo no ostracismo, assim como infinitas atividades analógicas.

Com a expansão da rede e a popularização dos computadores, ficou muito mais fácil entrar no Google Mapas e verificar como encontrar um logradouro.

Ainda com indicações dos trajetos de ônibus e o melhor caminho a fazer, o aplicativo se mostra imprescindível no século XXI.

Mas, para os saudosistas como eu, ver que ainda hoje no apogeu dos smartphones e GPSs vê um guia sendo usado é a certeza que as diversas mídias sobreviverão concomitantemente por várias anos.

E você lembra-se como usa um guia de ruas em papel?

Dia dos Pais

14 ago

Difícil expressar com palavras o sentimento do amor paterno. Já falei em algumas passagens aqui sobre a admiração que tenho pelo Sr. Amaro de Souza e por esta razão dedico a este post.

Sr. Amaro é uma das pessoas mais importantes da minha vida. Ao lado da minha mãe, do meu irmão (e agora da Helô), ele é a base para tudo aquilo que sou.

Tenho certeza que ele não irá ler este post (um dos mais pessoais do nosso espaço), mas ficam aqui o meu respeito e a minha admiração por este homem de fibra e de caráter chamado Amaro.

Feliz Dia dos Pais, a todos os pais e aos futuros também.

Festa da Laje

28 abr

Um dia caminhando pelas ruas do meu bairro, deparei-me com uma cena comum nos dias de hoje, mas inimaginável anos atrás: um caminhão de concreto era acionado para ‘encher’ uma laje.

O episódio chamou minha atenção por um determinado fato. Antigamente, ‘encher a laje’ era um evento social – ao menos no meu Sapopemba.

Os homens acordavam cedo para misturar areia, cimento, pedra e água e assim subirem com latas nas costas para o ponto onde o pedreiro estava puxando o concreto.

Já as mulheres se uniam para preparar o almoço – servido sempre ao fim do trabalho com churrasco e cerveja. Era a confraternização que unia os amigos.

Pois bem, o tempo passou, o mundo evoluiu e já não vejo mais com a mesma frequência pessoas ‘enchendo laje’. Agora com o preço mais acessível, os caminhões de concreto são contratados para substituírem os mutirões e no lugar das antigas festas na laje o que se vê são apenas duas ou três pessoas concluindo a obra.

Editora 3 relança revista masculina

26 abr

Sucesso nas décadas de 1970 e 1980, a revista “Status” está de volta às bancas desde ontem, 25 de abril.

Com o retorno da publicação, a Editora 3  – responsável também pela Istoé – espera atingir um novo nicho mercadológico formado pelos homens que “alcançaram o sucesso e são protagonistas de suas escolhas” conforme a proposta do novo veículo.

Voltado para o público masculino, a “Status” tem como foco o homem cosmopolita do século XXI que rompeu barreiras e hoje busca “sensualidade sem vulgaridade; requinte sem afetação; ousadia com bom gosto”.

Uma campanha na televisão lançada também ontem – e veiculada nas principais emissoras do país – preza por este novo conceito de revista masculina que traz estampada na capa da edição de lançamento a modelo Fernanda Tavares.

Simplesmente Mamonas

2 mar

Lembro-me como se fosse hoje. Era domingo. Dia 03 de março. Por volta de 9h00 da manhã fui até a casa do Dárcio e do Denis chamá-los para irmos à missa. Sim, eu sei já fazem 15 anos. Mas aquele dia ficou marcado na memória daquele menino de então quase nove anos.

Ao receber a notícia – dada pelos amigos de infância – não consegui entender. Afinal de contas não fazia muito sentido, Dinho e sua trupe estarem mortos. Eles faziam um grande sucesso. Recordo-me de um domingo como aqueles, eu ter pulado muito na frente da televisão enquanto assistia a uma das performances dos garotos de Guarulhos no Domingo Legal, apresentado pelo Gugu.

A vida é realmente muito engraçada – assim como os Mamonas Assassinas eram. No auge do sucesso, com uma carreira promissora pela frente e um fim trágico. Um acidente pouco explicável. A serra sempre esteve ali e até hoje não entendo o que aconteceu.

Apenas sei que se foram. Naquele mesmo dia, o Domingo Legal que meses antes apresentava toda a irreverência do grupo, passou o dia a falar sobre o acidente. Eu havia voltado da missa e fui para frente da televisão. Não para pular como fizera anteriormente. Mas para ficar chocado, assim como milhares de pessoas, que não entendiam nada. Raios! 15 anos sem Mamonas.

Tecnologia X Nostalgia

21 fev

Meu amigo e nosso colaborador aqui no blog, Gabriel Duque, enviou-me este link muito interessante. Trata-se de uma seleção do UOL Tecnologia, baseado em uma lista do The Huffington Post sobre hábitos que tornaram-se obsoletos com o advento tecnológico dos últimos anos.

O melhor é que muitos de nós lembramos dessas atitudes e mais do que isso deixamos realmente de realizar muitas das ações citadas no link. Uma análise rápida desta lista pode nos levar a várias discussões.

Por exemplo, quantas pessoas não acabaram perdendo seus empregos – onde estão os vendedores de enciclopédias, os operadores das máquinas de revelação de filmes e tantos outros? A tecnologia evoluiu, mas as pessoas também precisaram se adaptar para se enquadrar neste novo mundo.

Os tópicos Páginas Amarelas e Guias de Ruas podem ser enquadrados no mesmo quesito. Agora basta ir no Google e está lá tudo ao seu alcance em apenas um clique. Da mesma maneira podemos unir o comprar CD’s com alugar fitas.

As lojas e locadoras ainda persistem, mas precisaram se adaptar. Muitas passaram a vender também instrumentos musicais no caso das primeiras. Já as fitas não são mais encontradas, a não ser em sebos vasculhados por colecionadores.

Os disquetes já foram tema de post aqui no blog. Mas a ideia de desaparecer com os fios ainda não havia sido abordada em nosso espaço. Eu concordo plenamente com a ação, afinal de contas aquele emaranhado só tende a atrapalhar.

Meus pais namoraram via cartas. Realmente já faz algum tempo isso, assim como o uso do fax. Lembro que na minha época de farmácia, esse era o meio de enviar as extensas listas de produtos aos laboratórios.

Quanto aos temas: ir à biblioteca e separação da vida pessoal da profissional. Tem dois comentários. Mesmo com o advento da tecnologia, não deixei de buscar informações nos livros. Eles até auxiliam no trabalho complementar. Já a segunda questão é verdadeira, quantos de nós não acabamos levando serviço para casa?

Por fim, o nível tecnológico e a democratização da telefonia – é bom deixar claro – fez com que o uso do orelhão e da internet discada deixassem de ser padrões em nossa sociedade. Hoje há mais de um celular por pessoa no Brasil e a internet de banda larga já é uma realidade em diversos locais.

Como fugi dos trotes

9 fev

Já comentei antes que trabalhar na Avenida Paulista é um ótimo exercício jornalístico. Explico, como aqui é o ‘centro’ de tudo, sempre há informações por todos os lados e como um bom jornalista deve estar atento ao seu redor, é por essas ruas que colocamos no papel (no nosso caso na tela do computador) aquilo que observamos.

Ontem, enquanto caminhava rumo à palestra na ESPM, vi que alguns jovens estavam comemorando o fato de terem passado no vestibular. Típicos ‘bichos’ com o cabelo cortado e tinta no rosto.

O mais engraçado de tudo, foi lembrar de como escapei dos trotes. Sim, pois não foi apenas um trote que eu fugi. Vamos lá, é claro que as universidades particulares não tem a mesma tradição de ‘brindar’ os calouros com as reconhecidas USP e UNICAMP.

No entanto, em 2006, meu primeiro ano de São Marcos, um grupo de veteranos estava a espera de algum calouro para brincar com espuma de barbear, tinta e outros materiais. Para minha sorte, o Campus do Santa Paulínia tinha duas saídas e eu inconscientemente saí pela garagem, sem nem ao mesmo saber o que acontecia na portaria principal. Havia escapado pela primeira vez de um trote.

Até então, pensei comigo se não foi agora, estou livre para sempre. Ledo engano!

Corria o ano de 2007 e eu já estava me preparando para iniciar o terceiro semestre na São Marcos. Como estava sem emprego, fui até o CEAT (Centro de Apoio ao Trabalhador) no bairro do Bresser em busca de uma oportunidade.

Para quem não conhece o local, fica bem ao lado da Universidade Anhembi Morumbi. Após passar pela seleção do CEAT retornei para casa. Ao entrar na rua na faculdade, percebi uma fila de jovens como se estivesse no paredão.

Como não tinha nada a ver com o que estava acontecendo, mudei de calçada e continuei o meu caminho. Até ouvir a frase que me congelou dos pés a cabeça: “Tem bicho fugindo”, gritou um dos veteranos.

Como de bobo só tenho a cara, fingi que não era comigo e segui em frente. Mas aí já era tarde. Quando vi, um grupo havia me cercado e pediam para que eu fosse para o muro tomar banho de tinta. Foi então que uma ideia iluminou a minha cabeça e salvou o meu dia.

Tirei a carteirinha de identificação do aluno da São Marcos e argumentei que estava ali resolvendo outro assunto. Mesmo sem acreditar, os veteranos me liberaram, mas prometeram que caso me encontrassem na Anhembi Morumbi, o meu ‘castigo’ seria pior.

Moral da história: fugi de dois trotes, o meu propriamente dito e outro que queriam me enquadrar. Com isso aprendi uma boa lição: ande sempre com a sua carteirinha da faculdade. Ela pode ser muito útil. 🙂

Você se lembra: disquete

4 jan

 

Hoje é dia de sessão nostalgia no blog. Mas não vou muito longe, muitos do que lerão este post com certeza vão se lembrar do famoso disquete. Sim, com apenas 1,44 megas de espaço, aquele pequeno disco preto (às vezes, colorido) já salvou muita gente.

Mas com o avanço tecnológico visto nos últimos anos, o disquete tornou-se obsoleto e deu espaço para dispositivos de armazenamento cada vez mais potentes. Atualmente e fácil encontrar pen drives que comportam até 8 gigas de memória, algo muito superior aos agora aposentados disquetes.

O legal é lembrar que muitas pessoas possuíam caixinhas para guardar os seus diversos disquetes e organizá-los por assunto. Fato que hoje é possível, virtualmente com os pen drives organizados por pastas.

E a tendência é cada vez mais os pen drives se tornarem mais potentes para arquivar fotos, músicas, vídeos e afins. Recentemente vi um HD externo, a bagatela de 360 gigas, em uma pequena caixa. Trata-se do compartilhamento ocupando cada vez menos espaços.

Você se lembra? Papel estêncil!

23 dez

Dando continuidade a sessão nostalgia, hoje relembrarei o papel estêncil. Algumas pessoas jamais ouviram falar dele, mas os meus amigos do Padre Bastista e alguns mais ‘experientes’, com toda a certeza se lembrarão das provas com cheiro de álcool.

Para relembrar o papel estêncil é preciso voltar um pouco antes e não se esquecer do ‘mimeógrafo’. Sim, o aparelho no qual a folha de estêncil era rolada para fazer as cópias de provas e atividades para os alunos.

O processo é simples. O professor – geralmente com uma letra legível – escrevia em uma folha de estêncil e depois passava no mimeógrafo com álcool para reproduzir o conteúdo.

Vale lembrar que em meados da década de 1990, as fotocópias (Xerox) e tampouco as impressões eram difundidas nas escolas públicas, por essa razão as folhas mimeografas tomavam conta dos cadernos e pastas dos alunos.

Não sei como está o mercado de reprodução de textos nas escolas atualmente, mas na universidade o que impera são as famosas xerox para todos os lados.

Enfim, mas um tema para a nossa sessão nostalgia: o papel estêncil e o cheiro de álcool nas atividades escolares propostas. Você se lembrava?

Lembranças da infância

22 dez

Peço licença aos leitores hoje para escrever aqui um texto mais do que pessoal. Na manhã desta quarta-feira, minha mãe chamou uma moça aqui perto de casa para ajudá-la na tradicional arrumação de final de ano.

E o que esse episódio doméstico tem a ver com as minhas ‘lembranças da infância’? A moça trouxe o filho pequeno e na hora lembrei-me com muito carinho de minha grande mãe.

Explico: para quem não sabe, D. Maria antes de ter o pequeno estabelecimento comercial de onde retira o seu sustento atualmente, foi empregada doméstica. Como eu era pequeno e às vezes não tinha como ficar na creche, a acompanhava em suas visitas às casas de família, como ela mesmo se refere até hoje.

Ao ver o Gabriel – esse é o nome do menino que acompanhava a moça – lembrei-me do magrelo do Rogério com seis ou sete anos perambulando pelas casas alheias. Nunca me esqueci, que em uma dessas residências havia um quarto repleto de brinquedos, onde eu passava as tardes brincando e sonhando em um dia poder ter tudo aquilo.

Não, meus amigos, minha vida não foi muito difícil, conheci pessoas que não tiveram nem o básico, eu ainda tive muitos luxos, apesar de ter começado a trabalhar jovem e ter conquistado os meus objetivos por conta própria.

Hoje ao escrever este texto, lembro-me de forma carinhosa por tudo que passei. Deixo como mensagem de superação uma frase: a educação é base de tudo, não desista dos seus sonhos e procure sempre se atualizar, pois até os magrelos sonhadores podem um dia alcançar os seus objetivos.