Acabei de chegar do cinema e não podia dormir sem antes postar aqui no blog minhas observações sobre o filme Hitchcock que conta os bastidores do maior sucesso do cineasta Alfred Hitchcock : Psicose.
Inicialmente achei que se tratava de um longa de suspense. Lego engano. Tratava-se na verdade de um retrato leve e descontraído sobre como um dos maiores diretores do cinema mundial construiu um ícone de nossa história.
A participação da esposa de Hitchcock, Alma, mostrou mais uma vez como “por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher” e a representação de Anthony Hopkins estava simplesmente sensacional.
No entanto, além do excelente enredo, o filme tem três pontos que julguei interessante apresentar aqui.
Por se passar no final dos anos 1950, o longa mostra algo inimaginável em nossos tempos com a evolução das redes sociais. Para que o público não soubesse o final de seu filme, Hitchcock mandou comprar todas as edições da obra que deu origem ao longa.
Lembro como analogia, a recente microsserie “O Canto da Sereia” da Globo que foi baseada no livro de Nelson Motta e quase teve seu desfecho revelado nas redes pelos fãs mais afoitos.
Outro ponto de destaque é o juramento feito pelos atores e produtores envolvidos nas gravações. Para manter os segredos do filme, todos se comprometeram em não revelar dados e informações.
Uma situação bem diferente da que vivemos hoje em dia, com as notícias sobre as novelas sendo “vazadas” em todos os momentos.
Sem o apoio da distribuidora de filmes, coube a Hitchcock fazer o plano de divulgação do filme. Enviando uma carta de como ‘vender’ o longa, o diretor mostrou aos donos de cinemas como fazer de seu filme um sucesso.
E que sucesso: tido como marco do cinema mundial, Psicose arrecadou mais de 50 milhões de dólares em todo o mundo e ficou marcado na memória das pessoas com a cena clássica do assassinato no chuveiro.
Vale a pena ir ao cinema e assistir Hitchcock para entender como uma mente brilhante agia e pensava.
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