No dia do sorteio das chaves da Copa das Confederações, em dezembro do ano passado, escrevi um post com o mesmo título. Na época comentei que hoje, 20 de junho, Espanha e Taiti jogariam no glorioso Maracanã, sede da final da competição e palco de grandes jogos de nossa história.
O clichê que o futebol é uma caixinha de surpresas não resistiu a exorbitante diferença técnica entre as seleções.
Atual campeã mundial, bicampeã da Europa e favorita ao título no Brasil, a Espanha passeou em campo e não tomou conhecimento da modesta seleção da Oceania que ocupa a 138ª posição no ranking da Fifa. Claro que o elástico placar poderia ter sido maior, mas a escalação do time reserva colaborou para o 10 a 0.
Trata-se da maior goleada na história da Copa das Confederações – em 1999, o Brasil havia feito 8 a 2 na Arábia Saudita – mas, ficou longe do famoso 31 a 0 aplicado pela Austrália em Samoa Americana, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002 – maior goleada entre seleções até hoje.
Sonho – Sabendo de suas limitações, o time taitiano já ficou feliz por ter feito um gol na derrota de 6 a 1 para a Nigéria, na última segunda-feira.
Para uma equipe que conta apenas com um jogador profissional, estar em um evento como a Copa das Confederações já é uma vitória. Enfrentar a poderosa seleção espanhola então, é comprovar a tese de que o futebol pode ser fascinante, mesmo com tamanha diferença.
A torcida brasileira mostrou estar ao lado dos taitianos. Muito aplaudidos, os jogadores viram um Maracanã lotado gritar e torcer a cada lance, principalmente quando Fernando Torres perdeu o pênalti que poderia ter ampliado ainda mais o placar.