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Palpitão dos grupos do Mundial de 2014 – Parte 1

8 dez

Por Gabriel Duque

Todo o mundo já sabe a divisão das 32 seleções nas oito chaves para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O sorteio realizado na Costa do Sauípe, na sexta, colocou o Brasil em um grupo com bons testes, deixou a Argentina em situação tranquuila, montou o tão esperado grupo da morte com três campeões mundiais e promoveu o reencontro dos finalistas de 2010, Espanha e Holanda, logo na primeira fase.

Apesar das preocupações com os adversários, as distâncias percorridas no nosso país de dimensões continentais e o fator clima, com jogos às 13h, podem ser fundamentais na hora de definir os classificados. Espanha, Brasil, Alemanha e Argentina são vistos como favoritos ao título, mas até o pontapé inicial em 12 de junho de 2014, no Itaquerão, tudo pode mudar.

Grupo A – avançam Brasil e México

Apesar do favoritismo na chave, a seleção de Felipão terá bons testes contra a Croácia de Modric e Mandzukic – suspenso da estreia -, o sempre perigoso México com Chicarito e Peralta e Camarões de Eto’o. A equipe verde-amarela poderia ter pego rivais mais fracos no sorteio, contudo não deve ter a classificação ameaçada. O time europeu, semifinalista em 1998, tem mais qualidade técnica, mas os mexicanos, apesar de terem precisado da repescagem, têm costumeiramente avançado de fase.

modric etoo e chicarito

Grupo B – avançam Holanda e Espanha

A Espanha vem com o mesmo grupo campeão da última Copa, porém mais envelhecido. Com uma chave traiçoeira, a Fúria pode repetir a Itália de 2010, campeã da edição anterior em 2006 e eliminada na primeira fase na África do Sul. É improvável, mas não impossível, já que a Holanda vem em ótima sequência sem perder há 17 jogos e o Chile, de Vidal e Alexis Sánchez, pode surpreender.

alexis van persie e iniesta

Grupo C – avançam Colômbia e Costa do Marfim

Chave das mais equilibradas pode reservar partidas bem interessantes com times que gostam de atacar. A geração colombiana de Falcao García e James Rodríguez gera muita expectativa e a Costa do Marfim de Droba e Yaya Touré tem, enfim, tem a chance real de avançar. A Grécia de Mitroglou e o Japão de Honda e Kagawa correm por fora.

drogba, falcao garcia e honda

Grupo D – avançam Itália e Uruguai

Pela primeira vez na história das Copas que um grupo terá três campeões mundiais. A Itália de Cesare Prandelli mostra o melhor futebol do trio e conta com a experiência de Pirlo e o faro de artilheiro de Balotelli. A briga pela segunda vaga deve proporcionar um Inglaterra x Uruguai de tirar o fôlego, mas a Celeste, apoiada pela torcida brasileira e com o ótimo momento de Luis Suárez e Cavani, deve passar pelo selecionado de Rooney. A Costa Rica é a outra seleção que integra a chave.

balotelli, suarez e rooney

 

A praia deles é outra

29 set

Na última Copa das Confederações realizada no Brasil, a seleção de futebol do Taiti conquistou o público, mas em campo mostrou ser um verdadeiro saco de pancadas. Foram três derrotas com apenas um gol marcado e 24 contra.

Agora os taitianos mostraram que a praia deles é outra. No Mundial de Futebol de Areia realizado no país, o time local chegou às semifinais.

Após perder para a Rússia, a equipe foi para a disputa do bronze contra o Brasil que havia perdido para a Espanha. Após um jogo tenso que acabou empatado em 7 a 7, os taitianos levaram a disputa para os pênaltis. Perderam, mas saíram do estádio com a sensação de dever cumprido e a quarta colocação no torneio.

Na briga pelo campeonato, a Rússia mostrou sua evolução no futebol de areia e conquistou o segundo título desde que o evento passou a ser organizado pela Fifa.

Brasil X Taiti Mundial de Futebol de Areia

 

O fascínio do futebol – Parte 2

20 jun
Ronald Martinez Divulgação Fifa

Ronald Martinez Divulgação Fifa

No dia do sorteio das chaves da Copa das Confederações, em dezembro do ano passado, escrevi um post com o mesmo título. Na época comentei que hoje, 20 de junho, Espanha e Taiti jogariam no glorioso Maracanã, sede da final da competição e palco de grandes jogos de nossa história.

O clichê que o futebol é uma caixinha de surpresas não resistiu a exorbitante diferença técnica entre as seleções.

Atual campeã mundial, bicampeã da Europa e favorita ao título no Brasil, a Espanha passeou em campo e não tomou conhecimento da modesta seleção da Oceania que ocupa a 138ª posição no ranking da Fifa. Claro que o elástico placar poderia ter sido maior, mas a escalação do time reserva colaborou para o 10 a 0.

Trata-se da maior goleada na história da Copa das Confederações – em 1999, o Brasil havia feito 8 a 2 na Arábia Saudita – mas, ficou longe do famoso 31 a 0 aplicado pela Austrália em Samoa Americana, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002 – maior goleada entre seleções até hoje.

Sonho – Sabendo de suas limitações, o time taitiano já ficou feliz por ter feito um gol na derrota de 6 a 1 para a Nigéria, na última segunda-feira.

Para uma equipe que conta apenas com um jogador profissional, estar em um evento como a Copa das Confederações já é uma vitória. Enfrentar a poderosa seleção espanhola então, é comprovar a tese de que o futebol pode ser fascinante, mesmo com tamanha diferença.

A torcida brasileira mostrou estar ao lado dos taitianos. Muito aplaudidos, os jogadores viram um Maracanã lotado gritar e torcer a cada lance, principalmente quando Fernando Torres perdeu o pênalti que poderia ter ampliado ainda mais o placar.

A Copa das Confederações vai começar

15 jun

Por Gabriel Duque

Está tudo pronto para o início do evento preparatório para o Mundial de 2014. Ou melhor está quase tudo preparado para a Copa das Confederações. As prometidas obras na área de mobilidade urbana, as ampliações e reformas de aeroportos e a melhora do sistema hoteleiro, entre outros, ficou apenas no papel.

Os estádios, sim, saíram do papel, mas, mesmo assim, apresentam problemas e ainda não estão nas condições ideais. Sem esquecer as obras de entorno das nossas arenas que estão para lá de inacabadas. No entanto, será desse jeito mesmo que a competição será disputada em solo canarinho.

Brasil, Itália, México e Japão integram o grupo mais equilibrado. Já Espanha, Uruguai, Nigéria e Taiti formam a outra chave. Neymar, Balotelli, Chicarito Hernández, Kagawa, Iniesta, Luis Suárez e Obi Mikel estarão em campo para brilhar por suas equipes.

Grupo A

Selecao Brasileira Copa das Confederações

Apesar da dificuldade do grupo, Brasil e Itália são favoritos para se classificar. O novo time de Felipão tenta se acertar, superar a pressão da torcida e dos críticos e se fortalecer para o Mundial. Já a Azzurra vem com a tradição e com o vice-campeonato da Euro de 2012. O veterano goleiro Buffon, o experiente meio-campista Pirlo e o atacante polêmico Balotelli são os principais nomes.

Primeira seleção garantida na Copa do ano que vem, a equipe japonesa tenta aprontar uma zebra de conseguir avançar no grupo. Os meias Honda e Kagawa são a aposta. Além da força nipônica, os mexicanos aparecem como ameaça mais perigosa, afinal tem um bom histórico recente contra o Brasil. Carrasco do time canarinho na final das Olimpíadas de 2012 e no título da Copa das Confederações em 1999, o México tem um elenco valioso com Chicarito, Peralta e Giovani dos Santos.

Grupo B

Espanha campea Eurocopa 2012

Do outro lado, a Fúria nem precisa de apresentações. Atual bicampeã europeia e campeã mundial, a Espanha vem como principal candidata ao caneco. Apesar de não viver boa fase nas Eliminatórias Sul-Americanas, o Uruguai quer fazer valer o bom retrospecto dos últimos anos com o 4º lugar no Mundial de 2010 e o título da Copa América. A equipe tem muitos nomes conhecidos dos brasileiros como Lugano, Forlán, Lodeiro, Suárez, Arévalo Rios e Cavani.

A Nigéria viria ao Brasil para brigar com o Uruguai, mas, depois da crise no selecionado por conta da falta de pagamento de premiação, deve só fazer figuração. Para piorar, seu principal atacante, Victor Moses, se lesionou e está fora do torneio. Por fim, o Taiti, pequeno país localizado na Polinésia Francesa, está aqui apenas para fazer um golzinho e sofrer menos goleadas possíveis. Para a nação em que o futebol não é nem profissional, disputar a Copa das Confederações já é um sonho.

 

2012 – o ano sem dono e dos recordistas – PARTE 3

31 dez

Por Gabriel Duque

Além dos destaques individuais, coletivamente 2012 também foi repleto de feitos inéditos e históricos. O Corinthians pode até ser elencado como o clube do ano, afinal conquistou pela primeira vez a Libertadores da América, passando por Vasco, Santos e Boca Juniors, e venceu o Mundial de Clubes em cima do Chelsea. Do elenco campeão, Cássio, Paulinho, Emerson e Guerrero, além do técnico Tite, foram os principais nomes.

corinthians_campeao_do_mundo_2012

Ainda falando em clubes tupiniquins, o Fluminense fez um trabalho muito competente durante o Campeonato Brasileiro e faturou o tetra. O São Paulo, por sua vez, levantou a taça da Copa Sul-Americana, se tornando o segundo time brasileiro a comemorar este título. Já o Palmeiras viveu o céu e o inferno neste ano: de campeão da Copa do Brasil a rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Na Europa, o Chelsea, apesar de perder o título mundial para o alvinegro paulista, celebrou a conquista inédita da Liga dos Campeões com a classificação emocionante contra o Barcelona e uma final de tirar o fôlego diante do Bayern de Munique. Destaque para o marfinense Drogba.

Mas, se o Barcelona não levantou nenhum caneco na temporada, a seleção da Espanha com a base do time catalão faturou mais um torneio. Iniesta, Xavi e companhia foram campeões da Eurocopa e a Fúria virou a primeira equipe a vencer duas competições continentais e a Copa do Mundo em sequência.

espanha-euro-2012

Para fechar o ano coletivo, o futsal brasileiro brilhou. Mesmo com paralisia facial, Falcão ajudou o time canarinho a ir avançando de fase e chegar ao título do Mundial sobre a Espanha.

futsal-brasil-2012

 

O fascínio do futebol

1 dez

O sorteio da Copa das Confederações encerrado neste sábado em São Paulo colocou a Espanha ao lado de Uruguai, Taiti e o campeão africano que será conhecido no ano que vem no grupo B.

O fato a ser considerado como magistral para a beleza do futebol é o atual time campeão do mundo e da Eurocopa enfrentar o surpreendente Taiti no estádio do Maracanã, na tarde do dia 20 de junho de 2013.

Quiseram os deuses do futebol que duas seleções tão opostas fizessem um jogo naquele que é considerado o templo do esporte no Brasil. O favoritismo espanhol para a partida é imensurável, no entanto os taitianos já terão história para contar de sua viagem à América do Sul, independente do resultado.

Vai começar a festa!

1 dez

copa das confederaçõesNeste sábado, o mundo inteiro – mais precisamente sete países e um continente – estará de olho no Centro de Convenções do Anhembi. Sem estádio pronto, a cidade de São Paulo – com perdão do trocadilho – vai dar o ponta pé inicial para a 9ª edição da Copa das Confederações.

Marcada para acontecer entre 15 e 30 de junho do ano que vem a competição tida como preparatória para o Mundial do ano seguinte já tem sete times garantidos:

Brasil (país-sede), Espanha (atual campeã mundial e da Eurocopa), Itália (vice-campeã europeia), Uruguai (campeão da Copa América), México (vencedor da Copa Ouro), Japão (campeão asiático), o surpreendente Taiti (Campeão da Copa das Nações da Oceania) e o campeão africano que será conhecido no início do ano que vem após a realização da Copa das Nações Africanas que acontecerá na África do Sul.

Serão nada menos do que 12 títulos mundiais em campo: Brasil penta, Itália tetra, Uruguai bi e Espanha campeã.

Sorteio – Com a definição da Fifa de que Brasil e Espanha são cabeças de chave e com a recomendação de que seleções da mesma confederação não joguem no mesmo grupo na primeira fase já  está certo que Brasil e Itália estão no grupo A e Espanha e Uruguai no B. Cabe agora saber quais os times fecharão as chaves.

Estádios – Sede de apenas um jogo, Brasília receberá a abertura da competição. Já Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro terão três jogos cada com a final sendo disputada no Maracanã.

Crise econômica já afeta o futebol

21 out

Por Gabriel Duque

Atual campeão europeia e mundial, a Espanha se tornou uma das potências no esporte bretão e sinônimo de futebol bem jogado. Ao mesmo tempo, o país ibérico é um dos principais afetados pela crise econômica da zona do euro. Até o dia 12 de outubro, um assunto não atingia o outro, porém os problemas monetários começaram a assolar o campo esportivo.

Na ocasião, a Espanha enfrentou a Bielorrússia pelas Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2014 em Minsk, mas nenhuma televisão espanhola conseguiu exibir a partida para o seu país e as rádios precisaram transmitir o jogo do hotel onde estavam hospedadas.

Empresa detentora dos direitos de transmissão do duelo, a Sport Five pagou 1 milhão de euros à Federação Bielorrussa e iniciou a comercialização dos direitos cerca de três semanas antes da partida. A companhia começou a venda pedindo 1,1 milhão de euros e, a cinco dias do confronto, chegou a baixar o valor para 800 mil euros.

Mas as televisões espanholas não tiveram condições de adquirir os direitos. Segundo J. J. Santos, diretor de esportes da Mediaset España, é impossível pagar o mesmo valor de três anos atrás por um jogo, sendo que o retorno publicitário recuou mais de 60% no período.

A TVE seguiu o mesmo discurso e também lembrou que o jogo foi realizado numa sexta-feira festiva com menor consumo televisivo e fora do horário nobre, dificultando ainda mais o retorno publicitário. Com isso, os torcedores da Fúria tiveram que buscar os sinais de TV de outros países.

Quanto às rádios, a Sport Five quis cobrar 25 mil euros de cada emissora para liberar a transmissão de dentro do estádio do jogo. Nenhuma das rádios aceitou isso, resolveu desmontar a aparelhagem no campo e narrou a partida do hotel a partir de imagens da TV local.