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A moda do naming rights

26 nov

Por Gabriel Duque

Naming rights é uma dos conceitos da moda no mundo esportivo, principalmente, na área de marketing. O direito sobre a propriedade de nome funciona de modo muito simples, com uma empresa pagando certo valor para ter o nome de sua marca exposta em um estabelecimento, normalmente, casas de espetáculo e arenas esportivas.

No Brasil, é evidente o sucesso no setor de entretenimento com as já conhecidas HSBC Brasil, Citibank Hall, Espaço Unibanco, entre outras. No futebol, a ideia ainda é incipiente, já que apenas agora com a construção de novos estádios é que a discussão sobre o tema aparece.

Palmeiras, Corinthians e Grêmio, que têm as obras de seus futuros campos em andamento, procuram investidores interessados em associar sua marca ao nome da arena. No caso do Itaquerão e Fielzão, assim batizado por imprensa e torcedores, o presidente do clube alvinegro, Andrez Sanches, diz ter recusado uma proposta de 200 milhões de reais pelos naming rights.

Mas até que ponto para uma empresa vale o investimento no naming rights de um estádio já conhecido por outro nome e que, dificilmente, terá sua marca sendo citada pelos torcedores? Vale lembrar o estádio do Atlético-PR, o primeiro palco do Brasil a adotar o naming rights. Entre 2005 e 2008, lá passou a se chamar Kyocera Arena, denominação ignorada por todos que sempre saudaram o campo como a Arena da Baixada.

Se em nosso país a moda ainda não pegou, em outros lugares o naming rights é prática cada vez mais comum e uma maneira de clubes obterem um lucro extra. A casa do Arsenal, time de Londres, é um dos exemplos mais próximos, já que o Emirates Stadium sediou diversos jogos da seleção brasileira. Lá, na capital inglesa, também se encontra a O2 Arena, que recebe nesta semana o ATP Finals, competição que reúne os oito melhores tenistas do ano.

O estádio do Manchester City, novo rico do futebol inglês e mundial, também mudou de nome, passando de City of Manchester para Etihad Stadium. Na Alemanha, a prática também é bastante costumeira, com a Allianz Arena, do Bayern de Munique, a Mercedes-Benz Arena, do Stuttgart, e a Volkswagen Arena, do Wolfsburg, entre várias outras.

Na NBA e no futebol dos Estados Unidos, a regra é a mesma. No tradicional campeonato de basquete, há alguns ginásios como a American Airlines Arena, do Miami Heat, o FedEx Forum, do Memphis Grizzlies, o AT&T Center, do San Antonio Spurs, o Pepsi Center, do Denver Nuggets, e por aí se segue. Já, na Major League Soccer, aparecem a Red Bull Arena, do time New York Red Bull, o Pizza Hut Park, do FC Dallas, o Home Depot Center, dos Los Angeles Galaxy, e a lista continua.

Agora resta saber se o presidente do Corinthians e de outros clubes brasileiros conseguirão negociar os naming rights de seus estádios, copiando o modelo europeu e norte-americano.

Dos males, o menor

20 out

O signatário deste blog confessa que não acreditava na escolha de São Paulo para abrigar o jogo inicial da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Marcada por grandes incertezas, a decisão não parecia das mais favoráveis.

No entanto, o anúncio nesta quinta-feira, 20, na sede da FIFA de que a capital paulista abrirá o Mundial deixa os paulistanos mais aliviados. Diferente do tom utilizado neste post de maio, agora podemos comemorar.

Além de quatro jogos da primeira fase, o novo estádio do Corinthians, sendo construído em Itaquera receberá um jogo das oitavas-de-final e outro da semifinal.

Um final feliz para a longa agonia paulistana rumo a Copa do Mundo de 2014. Agora nos resta torcer para que tudo dê certo e que tenhamos um campeonato espetacular.

Confira aqui a tabela completa, desenvolvida pela Globo.com.

Agora é para inglês mesmo ver

16 set

Recentemente postei aqui um texto sobre o início das obras do Itaquerão com o título de “Para suíço ver”. Hoje, quando todo o Brasil celebra a data de 1000 dias antes do início do Mundial de 2014, uma matéria chamou a minha atenção.

Acompanhados do ex-jogador Ronaldo, o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab e toda uma comitiva foram à zona leste de: trem.

Sim, após embarcar na estação Luz, a caravana chegou ao local da provável abertura da Copa do Mundo em surpreendentes 19 minutos. Com duas paradas, no Brás e no Tatuapé. A reportagem da Folha pode ser lida aqui.

Na hora fiquei com algumas perguntas na cabeça. Por que os nossos governantes só utilizam os sistemas de transporte fora do horário de pico? Ou mais ainda. Será que todas as viagens da Luz até Itaquera levam 19 minutos?

Quero deixar claro aqui, que não sou contrário à Copa, ou ao estádio corintiano. Apenas acredito que devemos lutar contra a demagogia. Pois quem enfrenta os sistema ferroviário de São Paulo sabe e muito bem as condições dos vagões e estações e que o título deste post tem grande fundamento.

Menos mal

13 jul

Após meses de impasse, a FIFA anunciou o futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, como a arena paulista para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Popularmente conhecido como Fielzão, em alusão a torcida corintiana, o espaço deve levar o nome de Itaquerão.

No entanto, diferentemente do anunciado por alguns veículos anteriormente, ainda não foi desta vez que a entidade máxima do futebol confirmou a partida inaugural do Mundial, em São Paulo. O anúncio ficou para outubro.

Depois de várias idas e vindas, finalmente a população da maior cidade brasileira e centro econômico-financeiro do país pode respirar aliviada – em termos.

Agora resta ao time paulista e a construtora Odebrecht arregaçarem as mangas e correrem contra o tempo para entregar ao povo paulista e ao Brasil uma arena digna da abertura de Mundial.

Em tempo, a posição deste blogueiro não foi alterada. Ainda acredito que os governantes postergaram e muito a definição do estádio paulista na Copa. No entanto, acredito que poderemos agora ver um belo espetáculo à altura da cidade de São Paulo e sua importância história e geográfica.

 

Para suíço ver

30 jun

Quem me conhece sabe que sou um dos mais ferrenhos nacionalistas. Acredito muito no meu país e fiquei muito contente com a escolha do Brasil para sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

No entanto, com a proximidade dos eventos, cada vez mais leio verdadeiras ‘barbaridades’ sobre a organização (ou falta dela) das competições. Já falamos aqui sobre o atraso nas obras em São Paulo, centro econômico e financeiro do país.

Mas, esta matéria de hoje da Folha.com causou um certo sentimento de incredulidade da minha parte. Assim como o velho ditado ‘para inglês ver’ os responsáveis pela construção do Fielzão, em Itaquera, colocaram uma placa onde será o centro do campo.

Em um país onde a propaganda é um motivo de orgulho, usar desses meios para camuflar uma triste realidade é no mínimo vergonhoso. Ah, claro, não esqueci de citar o ‘incentivo fiscal’ a ser dado pela prefeitura para a obra. Mas como esse é outro tema espinhoso, prefiro nem comentar.

Parabéns Rio de Janeiro! À São Paulo resta torcer

27 maio

Antes de iniciar este post, gostaria de mais uma vez explicar que o mesmo não tem valor político-partidário, mas trata-se apenas da indignação de um paulistano, utilizando da internet para discutir questões pertinentes à toda sociedade.

Nesta sexta-feira, 27, a FIFA anunciou a cidade do Rio de Janeiro como base para o Centro Internacional de Transmissão (IBC, da sigla em inglês). Derrotando as outras duas postulantes – São Paulo e Brasília – a capital fluminense receberá todas as equipes credenciadas para a cobertura da Copa do Mundo de 2014.

Mas, as derrotas da capital paulista não pararam por aí. Na mesma reunião do anúncio, a FIFA praticamente confirmou a exclusão da maior cidade do país da Copa dos Confederações de 2013. Para a entidade, cidades que não estiverem com estádios prontos até o início do ano da competição, não poderão abrigar o evento preparatório para a Copa.

Ou seja, sem estádio definido – o Fielzão ainda não saiu do papel – sem centro de imprensa e com sérios riscos de ver a Copa do Mundo pela televisão, os paulistanos veem com agonia a derrocada do ‘centro econômico do país’.

A tristeza continua

16 maio

Na noite da última sexta-feira, os poderes públicos de São Paulo se reuniram com Andrés Sanches e os responsáveis pela construção do novo estádio do Corinthians para tentar resolver um impasse.

A futura arena paulistana – indicada para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014 – ficou R$ 300 milhões mais cara que o orçamento original e hoje não sai por menos de R$ 1 bilhão.

Como não há interessados em arcar com a nova despesa, um pesadelo na maior cidade do país tomou contornos reais e ganhou força: os paulistanos podem ficar sem receber a partida inaugural do Mundial no Brasil.

Assim, como já falamos em nosso espaço, São Paulo já está fora da Copa das Confederações, em 2013. O evento é preparatório para o Mundial e um dos mais badalados da FIFA.

Difícil –  Lendo o blog do Cosme Rimoli, no R7, percebo que a situação paulistana só se agrava a cada dia. Por enquanto, não há condições de se afirmar que São Paulo ficará fora do Mundial, mas o tempo está passando e o prazo se esgotando.