Por Gabriel Duque
Naming rights é uma dos conceitos da moda no mundo esportivo, principalmente, na área de marketing. O direito sobre a propriedade de nome funciona de modo muito simples, com uma empresa pagando certo valor para ter o nome de sua marca exposta em um estabelecimento, normalmente, casas de espetáculo e arenas esportivas.
No Brasil, é evidente o sucesso no setor de entretenimento com as já conhecidas HSBC Brasil, Citibank Hall, Espaço Unibanco, entre outras. No futebol, a ideia ainda é incipiente, já que apenas agora com a construção de novos estádios é que a discussão sobre o tema aparece.
Palmeiras, Corinthians e Grêmio, que têm as obras de seus futuros campos em andamento, procuram investidores interessados em associar sua marca ao nome da arena. No caso do Itaquerão e Fielzão, assim batizado por imprensa e torcedores, o presidente do clube alvinegro, Andrez Sanches, diz ter recusado uma proposta de 200 milhões de reais pelos naming rights.
Mas até que ponto para uma empresa vale o investimento no naming rights de um estádio já conhecido por outro nome e que, dificilmente, terá sua marca sendo citada pelos torcedores? Vale lembrar o estádio do Atlético-PR, o primeiro palco do Brasil a adotar o naming rights. Entre 2005 e 2008, lá passou a se chamar Kyocera Arena, denominação ignorada por todos que sempre saudaram o campo como a Arena da Baixada.
Se em nosso país a moda ainda não pegou, em outros lugares o naming rights é prática cada vez mais comum e uma maneira de clubes obterem um lucro extra. A casa do Arsenal, time de Londres, é um dos exemplos mais próximos, já que o Emirates Stadium sediou diversos jogos da seleção brasileira. Lá, na capital inglesa, também se encontra a O2 Arena, que recebe nesta semana o ATP Finals, competição que reúne os oito melhores tenistas do ano.
O estádio do Manchester City, novo rico do futebol inglês e mundial, também mudou de nome, passando de City of Manchester para Etihad Stadium. Na Alemanha, a prática também é bastante costumeira, com a Allianz Arena, do Bayern de Munique, a Mercedes-Benz Arena, do Stuttgart, e a Volkswagen Arena, do Wolfsburg, entre várias outras.
Na NBA e no futebol dos Estados Unidos, a regra é a mesma. No tradicional campeonato de basquete, há alguns ginásios como a American Airlines Arena, do Miami Heat, o FedEx Forum, do Memphis Grizzlies, o AT&T Center, do San Antonio Spurs, o Pepsi Center, do Denver Nuggets, e por aí se segue. Já, na Major League Soccer, aparecem a Red Bull Arena, do time New York Red Bull, o Pizza Hut Park, do FC Dallas, o Home Depot Center, dos Los Angeles Galaxy, e a lista continua.
Agora resta saber se o presidente do Corinthians e de outros clubes brasileiros conseguirão negociar os naming rights de seus estádios, copiando o modelo europeu e norte-americano.